Vocês se lembram do primeiro texto da Michele Melão, nossa querida consultora de sono, para o blog? Nele ela comentou sobre o momento em que o bebê faz a transição do berço para a cama – assunto que gera muitas dúvidas, principalmente quando o filhote resolve “passear” à noite pela casa, por ter maior liberdade para se deslocar. E os questionamentos das nossas leitoras são tantos, que no texto de hoje ela conta o que você pode esperar dessa fase, e dá dicas práticas do que fazer para que ela transcorra da melhor forma (e também para solucionar pequenos problemas que podem acontecer no meio do caminho). Vem ver, que está demais!

Por Michele Melão

bebe vai do berco para a cama

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Desde o primeiro texto sobre o assunto, que escrevi para o Mil Dicas de Mãe, muitas mães me procuram com dúvidas sobre a hora correta para fazer a transição do berço para a caminha, com medo de causar alterações no padrão de sono dos bebês – algo muito comum quando o ambiente de sono muda. E outras tantas relatam problemas já instalados, e me perguntam como eles podem ser resolvidos. Por estes motivos, resolvi compartilhar hoje algumas dicas práticas para que vocês possam estar preparadas para esse momento.

Primeiramente é interessante fazer algumas reflexões sobre o desenvolvimento do seu bebê:

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– Meu filho não cabe mais no berço?

– Meu filho está tentando sair do berço mesmo na altura mais baixa possível para o colchão?

– Meu filho já tirou as fraldas noturnas?

Se você respondeu sim para qualquer uma destas perguntas, certamente está na hora de tirar seu bebê do berço.

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Como comentei anteriormente, a primeira recomendação é não ter pressa. Muitas crianças saem do berço logo depois de completar um ano, enquanto vejo que a idade mais apropriada para fazer essa transição é dos dois anos e meio aos três anos. Isso acontece porque, a partir desta idade, os bebês são capazes de entender melhor os combinados e a chance de adaptação ao novo ambiente será melhor. Muitas vezes, eles participam da mudança e curtem muito este momento. Deixar seu bebê escolher o novo lençol, ajudar a arrumar o “novo” quartinho, ter um novo objeto de transição podem ser grandes ferramentas para não mudar o padrão de sono dos pequenos. A partir dos 2 anos, a sensação de estar no “controle” dá grande satisfação para as crianças!

Lembre que a partir do momento que seu bebê andar, ter uma modificação no padrão de sono pode significar uma criança indo para o quarto dos pais todas as noites, atrapalhando a qualidade de sono da família toda.

E o que mais você pode fazer?

Negocie com seu filho! Se você tem alguma dificuldade no sono do seu bebê, aproveite este momento para estipular novas regras, como dormir fora do colo, adormecer sozinho, uma eventual mudança no horário de ir para a cama ou qualquer outra mudança que você desejar – em troca de tirá-lo do berço e presenteá-lo com uma caminha.

Dica prática: fazer cartazes com o que seu filho pode e não pode fazer e colar na parede do quarto pode ser interessante, especialmente se seu filho tiver mais de 3 anos (porque ele certamente vai entender as novas regras). Fale que um bebê não pode sair do berço sem ajuda dos pais, mas um mocinho já pode, desde que seja no horário correto. Por outro lado, apesar de maiorzinho, ele não pode circular pela casa durante a madrugada.  Enfatize sempre o lado positivo, de mudança de fase, de crescimento, mas fique firme nas regras do novo ambiente de sono.

 

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Planeje e prepare seu filho! Converse com o seu bebê sobre esta mudança e avalie se é melhor esperar um pouco antes de fazer a transição. Algumas crianças são extremamente adaptáveis e em 3 dias estão acostumadas ao novo ambiente de sono. Outras, porém, podem ser mais resistentes às mudanças e demorar semanas ou até meses para sentirem segurança.

Dica prática: siga sua intuição e faça a transição apenas se considerar que seu bebê está preparado, mesmo que você considere que ele já está na idade de dormir em uma cama. Outra forma de preparar seu filho é dar exemplos: mostrar que os maiores dormem em camas, que o papai e a mamãe também. Exemplificar com fotos de crianças dormindo tranquilamente em caminhas também pode dar segurança ao seu filhote.

 

Pense na segurança! Seu filho pode se adaptar muito bem, mas muitos casais (principalmente as mamães!) ficam inseguros e passam a noite aflitos com a segurança do bebê. Alguns cuidados podem ser tomados para garantir que o filhote esteja bem – tome as precauções necessárias e confie que tudo dará certo.

Dica prática: use grades, não deixe muitos brinquedos em cima da cama, use camas baixas. Travas nos armários e nas janelas também são interessantes. Feche as portas dos banheiros e da cozinha para evitar que seu bebê visite lugares “perigosos” durante a madrugada. As chaves das portas também devem ficar longe do alcance das crianças. Esses pequenos são imprevisíveis, então toda precaução é importante – especialmente se seu filho é do tipo curioso e destemido. Apesar de não precisar passar a noite toda vigiando, ligue novamente a babá eletrônica (mesmo que já a tenha aposentado) para monitorá-lo de tempos em tempos, nos primeiros dias da transição.

 

O que esperar deste momento?

O maior problema que acompanho durante essas transições é a liberdade de sair da cama à hora que eles desejarem. Apesar da maioria das crianças dormirem durante toda a noite, assim como faziam nos berços, algumas passam a visitar o quarto dos pais ou dos irmãos com uma certa frequência. Apesar de todo cansaço, é muito importante levá-las de volta para a caminha delas e NO DIA SEGUINTE, explicar as regras. Não fique discutindo com seu bebê durante a madrugada, porque isso pode ser uma forma incrível de chamar a atenção dos pais. De madrugada, apenas retorne-o para a cama, faça um carinho, espere uns momentos e saia do quarto, quantas vezes forem necessárias. Muitas vezes é preciso fazer um quadro de recompensa, onde seu filho pode ganhar algum presente após 15 ou 20 dias dormindo direito, sem sair da cama. Mesmo usando esta técnica, as regras e combinados devem ser explicados diariamente.

Algumas famílias também precisam trabalhar o medo das crianças. Nesses casos, deixar um brinquedo na porta do quarto como “guardião” pode ser uma solução. Usar um spray da “coragem” no quarto, dar o líquido do sono antes de dormir (um gole de água em uma super garrafa especial do personagem favorito) e fazer uma oração calminha também podem ser métodos bastante eficientes. Outras atitudes que ajudam são contar histórias agradáveis antes da criança dormir e não deixar seu filho assistir desenhos violentos ou com monstros.

É bastante importante observar se seu bebê já apresenta algum problema de sono antes de fazer a transição, e tentar ajudá-lo a dormir melhor se houver alguma associação errada (que ocasiona despertares noturnos), antes de trocar o berço pela cama. Muitas vezes, quando a troca é feita precocemente e a criança já tem dificuldades no sono, a liberdade de sair da cama aumenta ainda mais a chance desses problemas acontecerem.

michele melão selo