Eu juro para vocês que eu achava que um dia voltaria a dormir normalmente. Por mais que as pessoas me dissessem que um filho muda para sempre seu padrão de sono, lá no fundo, bem no fundinho, eu acreditava que voltaria a dormir as oito horas de sono ininterruptas a que eu estava acostumada. Embora Catarina tenha quase quatro anos de idade, posso dizer que minhas noites continuam a ter uma qualidade muito pior do que a que eu gostaria. Claro que não da mesma forma que nos primeiros meses de pós-parto (acho que nenhuma mulher conseguiria dormir tão mal por tanto tempo), mas o suficiente para que eu sinta muitas saudades do sono de uma mulher sem filhos.

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Catarina ainda acorda eventualmente no meio da noite e me chama; e quando está doentinha, a preocupação é dobrada – com a febre, ou com a tosse, e com o bendito xixi na cama (porque quando está gripada, não tem jeito – esses acidentes acontecem!. Aliás, se alguém por aí tiver passado algo semelhante com o filho, aceito dicas!  Seria melhor colocar fralda quando ela estiver doente? Ou simplesmente relaxo e sigo lavando lençóis, como tenho feito?).

Mas eu tenho consciência de que boa parte de minhas noites mal dormidas não acontecem porque Catarina acordou durante a madrugada (até porque, quando isso acontece, em geral eu vou até seu quarto e ela volta a dormir em poucos minutos). E sim porque EU tenho ido dormir muito mais tarde do que costumava fazer. Quando a pequena dorme, começa a parte do meu dia que existe além da maternidade – ficar com o marido, trabalhar (sim, porque trabalho quase todos os dias por longas horas durante a noite), assistir a um pouquinho de televisão (sem que esteja passando Peppa Pig ou Princesinha Sofia na tela!)… Sinto falta de ter essas horinhas só para mim, por isso simplesmente não consigo colocar a filhotinha em sua cama e correr para a minha!

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Hoje está acontecendo exatamente isso desse lado da tela. Catarina já está em sua cama (com tosse, mas dormindo) e eu estou aqui: escrevendo, embalando dezenas de livros (posso falar? Vocês são umas queridas, muito obrigada por receberem meu livro com tanto carinho! Estou adorando receber tantos pedidos!), conversando nas redes sociais… E amanhã, claro, estarei com uma preguiça danada, que só mesmo um bom café forte consegue espantar!