No fim de semana passado estávamos em um conhecido clube de São Paulo, que meu pai frequenta desde a infância. Um lugar muito gostoso, repleto de crianças brincando com suas famílias. Foi quando uma menininha de cinco anos se aproximou de nós e começou a conversar. Por coincidência, seu nome também era Catarina, e em muitos aspectos se parecia com minha filha. Ela era ativa, falante, cheia de ideias mirabolantes; logo atrás vinha o pai, que parou para falar alguns minutos comigo.

Quando elogiei a vivacidade da filha, ele começou imediatamente a se desculpar. Disse que a filha era ativa até demais e sofria bastante com ansiedade e hiperatividade. “Mas está tudo sob controle, já começamos o acompanhamento médico e em breve ela começará a ser medicada”. Confesso que imediatamente um alarme soou em minha cabeça.

Claro que eu não estou aqui para julgar o caso daquela menina, nem um outro qualquer. Simplesmente porque não sou médica, psicóloga ou tenho formação que me permita fazer um correto diagnóstico. Mas a situação chamou minha atenção – talvez porque aquela menininha parecesse perfeitamente normal aos meus olhos. Ou porque nos últimos tempos, em quase todos os ambientes que Catarina frequenta, exista uma história parecida. Afinal, por que na geração de nossos filhos tantas crianças são diagnosticadas com hiperatividade? Por que inúmeras necessitariam de medicamentos para moldar seu comportamento aos padrões estabelecidos pela sociedade?

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Por favor, se seu filho tem o diagnóstico, está sendo medicado e seu coração de mãe está confiante de que é o melhor a ser feito, simplesmente saiba que esse post não foi feito para você. A última coisa que desejo é colocar um peso adicional sobre sua decisão (porque eu também sei que em alguns casos, diagnosticados acertadamente, medicamentos como a ritalina são extremamente benéficos para a criança com TDAH – transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – e modificam positivamente a dinâmica de toda a família).

Por outro lado, se você não está 100% segura, eu gostaria de deixar um alerta. Porque o MEU coração de mãe me diz que não é possível que sejam tantas as crianças da geração de nossos filhos que de fato precisem ser medicadas. Para mim, enfrentamos um grande dilema de educação – por um lado, abrimos muito mais espaço para nossas crianças se expressarem do que tivemos em nossa infância; por outro, precisamos entender que essa liberdade exige dos pais atenção redobrada no estabelecimento de limites, para que o filho não se perca no meio do caminho.

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E já que comecei a falar, vou um pouco mais além: acredito que, para muitas escolas, seja mais fácil recomendar a um pai que leve seu filho ao psiquiatra do que chamá-lo incontáveis vezes para avaliar de que outra forma essa criança pode ser ajudada. Acredito que, ao invés de agressivas ou hiperativas, algumas crianças sofram de um déficit de sono muito grande (para mim é muito claro – quando minha filha passa alguns dias dormindo mal, ela se transforma em outra criança), porque lhes falta um adulto com pulso firme para dizer que já é hora de ir para a cama, mesmo que ela não queira. E, por fim, acredito que exista gente ganhando muito dinheiro para fazer pais bem intencionados acreditarem que precisam medicar seu filho para o resto da vida.

Pode ser apenas minha impressão, mas… Pode ser que valha a pena refletirmos sobre o assunto.