Eu já dividi aqui no blog a longa caminhada que trilhei até me tornar mãe de Catarina. Embora não tenha sido um processo que levou muito tempo (entre o início das tentativas e o positivo no teste da farmácia se passaram cerca de 20 meses – pouco mais de um ano e meio), foram tantas emoções que minha impressão é a de que se passaram anos! Os meses de insucesso, os inúmeros testes que deram negativo, as “certezas” de que eu estava grávida, para logo depois menstruar… E, claro, o diagnóstico de menopausa precoce, praticamente uma certeza de que eu não teria um filho biológico. Mas como há muito mais entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia, Catarina está aí para provar que, quando menos esperamos, é que o milagre da vida acontece!

Eu não sei se vocês sabem, mas recebo muitas mensagens de mulheres que estão vivendo exatamente o mesmo que vivi, e que recebem minha história como um ponto de esperança. E algumas delas me pedem que eu conte um pouco mais sobre os sentimentos que tive durante os meses de espera. E é justamente sobre isso que gostaria de conversar no post de hoje, porque só uma mulher que deseja ser mãe e não consegue pode imaginar o quanto isso é difícil.

Sendo muito sincera com vocês, quando parei meu anticoncepcional em 2008, eu tinha certeza de que queria ser mãe; mas não sabia se queria que a gravidez acontecesse de imediato. Eu havia terminado meu doutorado, queria começar o pós-doutorado e me preparar para um futuro concurso para professora universitária. Claro que eu sabia que um bebê atrasaria todos os planos (o que eu não sabia é que minha filha me mudaria a tal ponto, que a carreira acadêmica deixaria de ter a importância que tinha na época). Assim, eu parei de tomar o medicamento, mas dentro de mim existia um conflito entre a vontade de ter um filho e a de me jogar de cabeça profissionalmente.

Mas eu havia tomado anticoncepcional por anos, e tinha receio de que uma gravidez demorasse para acontecer (embora todas as mulheres da minha família engravidassem facilmente – o que deveria ser um bom sinal; ou, como vim a descobrir, um motivo a mais para me sentir pressionada). Imaginando que o pós-doutorado poderia durar até cinco anos, pensei que em algum momento durante sua realização a gravidez deveria ocorrer (então por que não liberar a vinda de um bebê?). Foi exatamente o que fiz (e, provavelmente, se eu tivesse esperado mais alguns anos para me tornar mãe, Catarina não tivesse nascido).

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A vontade de me tornar mãe foi crescendo à medida que os meses passavam, sem qualquer sinal de gravidez. Aí começaram os sintomas psicológicos – os enjoos, o sono, o peito que parecia gigante… Às vezes a menstruação atrasava alguns dias, e lá vinha a certeza de que naquele mês tudo daria certo! Impressionante como era só fazer o teste de farmácia (negativo, é claro) para o ciclo começar no dia seguinte! Então veio o choro, o medo, as incertezas… Você começa a se perguntar por que com você tem que demorar tanto (enquanto o número de grávidas ao seu redor parece crescer em progressão geométrica).

O mais impressionante de tudo é que a certeza, aquela incontestável, inegável, que deixa qualquer resquício de dúvida para trás, sobre o melhor momento para ser mãe, só aconteceu com o diagnóstico de menopausa precoce. Foi no momento em que meu médico me disse: “prepare-se para não engravidar, pois você tem menos de 5% de chance disso acontecer”, que eu deixei de pensar em todo o resto – carreira, idade, viagens (que eu ainda queria fazer antes de ter um filho). Ali eu percebi que tudo o que meu coração desejava era ter um filho.

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Na ocasião, uma grande amiga (que também demorou bastante para engravidar) me disse o seguinte: “se você acredita em algo maior, peça. Peça do fundo do seu coração que a oportunidade de ser mãe lhe seja dada. E se isso não acontecer, peça aceitação e força para seguir a vida em frente. Foi exatamente o que eu fiz. E, felizmente, em menos de dois meses Catarina deu o primeiro sinal de que estava chegando.

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