Hoje li um texto na internet que me emocionou. O título do post já dizia tudo: “ele não é assustador, é só um menininho”. Tratava-se do relato de uma americana, a mãe do pequeno Jameson, portador de um problema chamado craniossinostose. Eu não sei se todo mundo sabe o que é, então explico: ao nascer, os bebês normalmente apresentam os ossos do crânio separados por suturas (as fontanelas ou moleiras), que permitem o crescimento do cérebro depois do nascimento. Elas são partes “moles” que ficam entre os ossos do crânio, e vão desaparecendo com o crescimento da criança; quando os ossos se fundem, nós costumamos dizer que a moleira fechou. Para que os bebês consigam passar pelo canal inguinal e nascer por parto normal, parte do crescimento do cérebro deve acontecer no pós-parto, e é justamente isso o que as suturas permitem; se tudo acontecesse ainda dentro da barriga, a cabeça não passaria. Entretanto, nos bebês com craniossinostose a fusão dos ossos do crânio acontece antes da hora, e as moleiras não se formam. Isso promove um crescimento anormal do crânio, com deformações e, em algumas vezes, problemas neurológicos.

Mas voltemos ao relato dessa mãe: na verdade, um tocante pedido de ajuda. Ela contava que nos últimos tempos vinha sofrendo muito com a reação de outras crianças e de outros pais. E tudo começava, claro, com crianças que riam de seu filho e diziam que ele tinha uma cara engraçada. Imediatamente eu me coloquei no lugar dessa mulher, e consegui sentir, mesmo que em mínima escala, o sentimento que isso lhe gerava. Para uma mãe que, acima de tudo, quer proteger seu filho e fazer o possível para que ele seja feliz, esse tipo de reação (mesmo que infantil) é de partir o coração.

Quando eu achava que sabia para onde seria conduzido esse relato, a mãe de Jameson me pegou de surpresa. Porque eu achei que ela diria que esperava que as outras mães conversassem com seus respectivos filhos, explicando que aquele tipo de reação só lhe causaria sofrimento e que, portanto, não poderia acontecer. É claro que ela disse isso em seu post, mas foi além; e é justamente esse ponto do post que me fez parar para pensar. Ela fazia um pedido muito simples: se seu filho falou algo que possa nos magoar, não saia correndo – traga-o para conversar conosco.

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Foi só então que eu percebi que possivelmente seria essa a minha reação – pegar minha filha e sair da cena. Obviamente não porque de rejeitasse a ideia de Catarina conhecer o menino e de que se tornassem amigos. Claro que não! Simplesmente porque eu ficaria tão sem graça com o comentário, tão envergonhada com a o mal-estar gerado, que talvez me distanciasse, achando que daquela forma não poderíamos magoar aquela família. E depois, pensando no ocorrido, teria percebido a grande besteira que fiz: a de perder a oportunidade de mostrar à minha filha que somos todos iguais e de que, assim como ela adora ter amigos, aquele menininho também gosta. Então talvez fosse muito tarde para voltar atrás…

Quis compartilhar esse pensamento com vocês para mostrar que, por não sabemos como agir, podemos causar um sofrimento maior do que o das palavras mal colocadas – o da solidão. Porque, com certeza, pior do que ouvir de um coleguinha que seu rosto é engraçado, é o isolamento em que essa criança se encontra, como sua própria mãe diz. Quantos “Jamesons” nossos filhos encontrarão em suas vidas? E como prepararemos nossos filhos para encontrá-los?

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