Meu marido viajou e por isso ficamos em casa, apenas eu eu Catarina. Quando essas ocasiões acontecem, brinco com ela que é a noite das meninas! Curtimos uma à outra, ficamos bem juntinhas (e eu fico extremamente feliz por ter companhia!).

Eu não sei exatamente o porquê, mas nos dias em que ficamos apenas eu e a pequena, em geral algo diferente acontece. Talvez porque nossa rotina mude um pouco, talvez porque em algumas dessas vezes eu tenha sido mais liberal (a ponto de deixar o menu programado de lado e pedir uma pizza!), ou porque, sabendo que o pai não está em casa, ela assume o papel de “cuidar da mamãe”.

Pois o jantar de hoje já começou diferente. Em geral eu tenho que pedir encarecidamente para Catarina comer sozinha. Acho importante que ela desenvolva autonomia (e, quando mais nova, ela adorava pegar os talheres para fazer as refeições. Só que, de uns tempos para cá, ficou preguiçosa, a danada!), por isso acabamos travando um cabo de guerra quase todos os dias. Mas, miraculosamente, dessa vez Catarina se prontificou a comer por conta própria, sem que eu precisasse pedir que ela o fizesse.

Como nem tudo é tão fácil como parece, a briga da vez seria por outro motivo: ela não queria comer feijão.

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– Mas, filha, é importante para você crescer forte!

– Não, não, não! Eu não gosto de feijão!

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– Catarina, você come feijão todos os dias, agora vem com esse papo de que não gosta?

– É, não gosto, não vou comer.

Aí, vendo que aquele argumento não seria suficiente, decidi mudar de tática:

– Filha, a mamãe já te contou sobre as crianças pobres, não é mesmo?

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– Sim, mãe, você já contou.

– Então, filha, essas crianças não têm o que comer, é muito triste. E nós temos, por isso não podemos desperdiçar. Você não acha?

– É, mãe, eu acho (aí pegou a colher e começou a comer o feijão!).

Por mim a conversa estava encerrada, mas Catarina continuou:

– Ô, mãe, porque a gente não trás essas crianças para morar aqui, se elas não têm nada?

Nesse momento, eu decidir testar os limites:

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– Então, se elas vierem morar aqui, filha, você vai ter que dividir seu quarto com elas, tudo bem?

– Sim, mãe, tudo bem.

– E você vai ter que dividir seus brinquedos, ok?

– Sim, mãe, tudo certo.

– E você vai ter que dividir a mamãe com elas também, tá?

Ela parou, olhos nos meus olhos e disse, com toda a pureza de alma:

– Sim, mãe, tudo bem também. Elas vão ficar muito felizes.

Aí eu não me aguentei e chorei. E gastei mais dez minutos explicando que às vezes a gente chora, de tanta felicidade!

Minha pensadora

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