Outro dia estava comentando com uma de minhas irmãs (aquela mesma que é especialista em gestão ambiental e que escreveu um post super legal sobre maneiras de tornar seu dia-a-dia mais sustentável), que eu sabia muito pouco sobre reciclagem de lixo. Sabe quando você olha para algo e até hoje não sabe se aquilo é de fato reciclável? Se precisa lavar as coisas antes de descartá-las? Se pode juntar papel, plástico, vidro em um só saco? Pois é, eu não sei se você sabe todas as respostas, mas eu confesso que não sabia até que ela me explicasse. Aí eu disse: “puxa, mas isso é tão importante! Por que não compartilhar com as leitoras?”. Ao que ela me respondeu: “acho importantíssimo mesmo, mas acho que o buraco é mais embaixo. Na verdade, acho que as pessoas não entendem a importância do lixo, estamos um passo antes de falar sobre reciclagem”.

Primeiro eu achei que ela estava exagerando. Mas depois de me lembrar das inúmeras vezes em que gerei lixo desnecessariamente ou que poderia ter reciclado mas não o fiz, tive que concordar com seu ponto de vista. Tanto que pedi que ela falasse um pouco mais sobre o lixo (ou, conforme vocês verão a seguir, sobre os resíduos!), e quais os cuidados básicos que toda família deveria tomar em relação a ele. Não parece muito propício para uma terça-feira de Carnaval, em que a maioria das praias do nosso país amanhecerá repleta de latinhas que o mar levará? Vem, que o papo é bom!

Por Monique Fróes

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Quando comecei a estudar e trabalhar na área ambiental, uma determinada matéria fez meus olhos brilharem: “Gerenciamento de Resíduos”, ou simplesmente, Lixo. Adoro lixo! Adoro falar sobre lixo! Poderia ficar horas conversando com amigos a respeito do assunto. Calma, não sou doida não! Mas é que esse ponto me desperta um interesse muito grande, já que ele faz parte do cotidiano de todos nós. Acredito que ele é muito mal compreendido pelas pessoas, pois elas o descartam sem pensar, sem refletir sobre seu valor. Para muitos, o mais importante é deixar o lixo bem longe; de preferência, lá na calçada, até que o caminhão passe, leve-o embora, para que nunca mais precise vê-lo novamente.

Vamos tentar entender melhor essa história. Por que será que temos esse desrespeito pelo pobre do lixo? Sinceramente, acho que pensamos assim, pois fomos, durante muito tempo, acostumados a enxergá-lo como algo indesejável e inútil, não é mesmo? Mas que tal começarmos a deixar o preconceito de lado e melhorar nosso pré-conceito a partir de hoje?

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E começaremos a mudança pelo nome do lixo. Sim! passaremos a chamá-lo agora de “resíduo”! Por que resíduo? Porque, além de ser o termo correto pelas normas ambientais, não necessariamente ele será descartado como algo inservível. O resíduo pode ser transformado, por exemplo, em um novo produto, como ocorre na reciclagem.

Temos vários tipos de resíduos: o orgânico (também chamado de “úmido”), que são, em geral, os restos de comida, os decorrentes das nossas necessidades fisiológicas e os restos de podas (de árvores e plantas); o reciclável (papel, plástico, vidro, metal), que podem ser transformados em matéria-prima para um novo processo produtivo (e dedicaremos um post exclusivamente a eles); os hospitalares, provenientes de hospitais, laboratórios e até mesmo clínicas veterinárias; os comerciais, gerados por shoppings, restaurantes, supermercados e etc.; os industriais, provenientes das atividades de fábricas e indústrias de todos os tipos; e finalmente os domiciliares específicos, que são aqueles que precisam de uma atenção especial, ou por serem muito volumosos – como aqueles decorrentes das obras que fazemos na nossa casa (resto de tinta, madeira, cimento, etc) – ou porque podem conter alguma substância perigosa – como é o caso das lâmpadas, pilhas, baterias e até mesmo dos óleos de cozinha (são perigosos ao meio ambiente, vale lembrar!).

Vocês devem estar pensando: “certo, muito interessante saber sobre tudo isso, mas o que faço com essas informações?” Pois então, a partir desses conceitos podemos perceber que os resíduos são diferentes e é por isso que cada um deles deverá ter uma destinação diferente (e correta também!). Sobre isso nós conversaremos em breve, porque antes é preciso nos conscientizarmos sobre a quantidade de resíduos (ah, não falaremos mais “lixo”!) que geramos e o tratamento que damos a eles (que ainda está muito longe do ideal). Afinal, o planeta precisa que nos preocupemos! Nós vemos nos noticiários os problemas provocados pelo lixo (aqui é lixo mesmo, porque foi descartado de qualquer maneira pelo homem): poluição das águas, do solo, morte de animais e plantas nos mares e rios, esgotamentos dos aterros sanitários e por aí vai.

Vou fazer apenas uns parênteses aqui: por acaso vocês já visitaram o lugar pra onde o lixo da nossa casa vai, o famoso aterro sanitário? Pois bem, eu fui uma vez e vou falar pra vocês que é algo medonho! Imagina uma área muito, mas muito grande mesmo, repleta de toneladas e toneladas de sacos de lixo, um cheiro insuportável (desses que você vai pra casa, toma banho, mas parece que ainda não saiu de você), urubus voando por todos os lados e caminhões de lixo chegando a cada segundo (sem brincadeira!). Pois é! É um cenário forte que me faz refletir muitas vezes quando resolvo jogar algo fora.

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Vamos agora à parte prática da nossa conversa: o que cada um de nós pode fazer para ajudar na coleta do nosso lixo domiciliar? Eis algumas sugestões:

– Colocar o lixo fora de casa apenas no dia e horário que o caminhão irá recolher (para evitar, por exemplo, que caia uma forte chuva e leve o saco bueiro a baixo) ou instruir a pessoa responsável por fazer isso a proceder da mesma forma (super importante!);

– Certificar-se de que o saco de lixo está bem fechado e é resistente ao peso colocado (o lixeiro não merece levar um banho de sujeira; além disso, a rua ficará com um enorme rastro de coisas espalhadas);

– De preferência, colocar os sacos em cima dos suportes de lixo encontrados na rua (para evitar que seja um atrativo a animais de rua e animais vetores);

– Nunca queimar o lixo (ao queimar, certos resíduos emitem poluentes tóxicos a todos os seres vivos!).

 

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E aí? Consegui fazer você olhar para o seu lixo, ou melhor, para o seu resíduo com mais carinho hoje? Espero que sim! Dessa forma estaremos todos mais atentos ao próximo post sobre sustentabilidade, que terá como tema a reciclagem e o destino dos demais resíduos!

monique