Eu realmente gostaria de poder dizer que minha filha é um anjo, que nunca aprontou escândalo, que jamais desobedeceu uma ordem minha. Mas não posso. Não, essa definitivamente não é minha Catarina. E no fundo, eu sei o porquê. Não, eu não me acho uma mãe descuidada, ou permissiva, que deixa a filha fazer o que bem entende e que não tem a menor intenção de educá-la. Muito pelo contrário, eu sempre me preocupei (e muito!) em ser um exemplo de educação, de bom convívio, de respeito ao próximo; e de incentivar que ela tivesse as mesmas ações. O que eu sinceramente acho é que quando você dá espaço, autonomia de pensamento a uma criança, quando pergunta sua opinião e decide ouvi-la (claro, dentro do que você acha adequado compartilhar com ela e respeitando seu limite de entendimento), aquela pessoinha resolve te testar e discutir a sua razão. Mais ou menos o que acontece conosco em outra situação: quando você tem um chefe ranzinza, fechado, duro, você entende que o melhor que você pode fazer é ficar com a boca fechada. Mas se o seu superior é aberto, te escuta, você se sente à vontade para realmente dizer o que pensa, e até, eventualmente, questionar uma ordem dada com a qual você não concorda. Não é assim que funciona?

Pois bem, eu quero ser aquela ´”chefe” que dá abertura. Quero que minha filha sinta que pode expor suas ideias, quero que ela aprenda a decidir (coisa que eu só aprendi depois de ser adulta! Porque por muitos e muitos anos eu me sentia mais confortável se alguém escolhesse por mim!), quero que ela sinta que sua vontade é importante e que muitas vezes será levada em consideração. Por outro lado, quero que ela entenda também que ela não pode tudo, e que seu espaço termina quando começa o do outro. E esse equilíbrio, minhas caras, é difícil de se conseguir – pra caramba!!!

Aqui em casa, continuamos nos “terrible two”, bem vividos! Sabe qual é a sensação que dá quando eu ouço uma mãe dizer que passou por essa fase sem saber o que é birra, choro, malcriação? Desânimo! Ah, e claro, uma pontadinha de culpa, por achar que sou eu a grande responsável pelo “gênio” da pequena. E então, o que fazer? Obviamente os “tapinhas” estavam fora de cogitação (como ensinar uma criança que não pode bater se você mesma bate? É mais um menos como dizer: faça o que eu falo, não faça o que eu faço!). Aí de quem eu me lembrei? Supernanny, lógico! Quem já assistiu sabe: você começa o programa achando que finalmente ela vai falhar na tentativa de deixar aquela família menos caótica. Você tem certeza de que a criança que ela colocou no cantinho do castigo não vai ficar ali (mas ela fica!). No final, as coisas acabam melhorando. E você pensa: por que não tentar então a técnica?

Então você tenta. E miraculosamente, sua filha fica ali, gritando, mas não levanta do local. “Será que está funcionando?”, você se pergunta. Mas a resposta não é óbvia. O que você sabe é que pelo menos você tomou uma atitude para mostrar ao filhote que o que ele fez não foi bom. Há muita gente hoje em dia que não concorda com o tal do cantinho do castigo, dizendo que você não pode dizer ao seu filho: “Fique aqui para pensar no que você fez” (como se pensar fosse uma coisa ruim, atrelada ao castigo). E justamente por isso eu mudei meu discurso e digo: “fique aqui para se acalmar, e então nós conversamos sobre o que você fez, que não foi legal”. Eu não sei quanto a vocês, mas mas para mim o cantinho tem sido positivo – nem que seja para que ela se acalme (e eu também!!! Quem já presenciou uma crise de birra sabe muito bem como isso pode ser irritante!); nem que seja para que ela entenda que cada ação tem uma consequência (e que sim, desobedecer a mamãe ou jogar um brinquedo no chão fará com que ela deixe de se divertir com o que está brincando, para ficar na cadeira, chatinha, sem nada o que fazer).

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Mas só o cantinho do castigo, funciona? Óbvio que não! O mais importante, depois de todos mais calmos, é conversar sobre o ocorrido. Sem isso o máximo que se consegue é criar um bando de robozinhos, que mal conseguem compreender onde erraram – apenas que não devem repetir o que fizeram.

E para você, como essa questão da birra funciona? Há um cantinho do castigo na sua casa? Ou você tem alguma outra tática milagrosa para lidar com os pequenos de dois anos? Então me conta!!!

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