Para uma mãe, a vida costuma ser dividida entre antes e depois da maternidade. A experiência de ver seu corpo transformado durante a gestação, as dores do parto, a solidão no pós-parto, as noites mal dormidas, as dificuldades na amamentação… Tudo é tão intenso, que fica fácil perceber o quanto a vida mudou depois depois do nascimento dos filhos. Depois que se vive isso, você nunca mais enxerga uma outra mãe da mesma forma – você se solidariza com suas lágrimas, se alegra com seus sorrisos. Como é a mãe quem divide o mesmo espaço físico com o filho, por nove meses, como é ela quem o nutre com o leite materno, o pequeno passa a ser quase que uma extensão do seu corpo. A impressão que tenho é que tanto a mãe como o bebê enxergam dessa forma, até que um “segundo cordão umbilical” seja lentamente cortado, agora em vida extra-uterina.

E no meio de toda essa mudança, está o pai. Se as mudanças físicas que ele passa com o nascimento de um filho são mínimas, as psicológicas são grandes. Mas como elas não são visíveis aos olhos, é comum que nos esqueçamos delas. Ficamos, nós mães, tão absorvidas com as tarefas do bebê, nos sentimos tão desprovidas da vida que tínhamos antes, que (principalmente nos primeiros meses, e até mesmo anos do bebê) ficamos com a sensação de que a vida de pai é muito fácil. Mas parando para pensar bem, não é não.

A mulher, que antes tinha tempo para conversar, para fazer o prato de que ele mais gosta, para pensar no presente de aniversário… De repente não tem tempo mais para nada! A verdade é que quando viramos mãe, nossa disponibilidade para o homem diminui, pelo menos por um tempo, absurdamente. Antes do nascimento da Catarina, um amigo que tinha um filho pequeno na época, disse-nos que o homem ganha o status de abajur da casa quando o filhote nasce (imagina o pânico do meu marido?). Porque quem é que se importa com o abajur? Quem se lembra de olhar para o abajur? Pois é, ninguém. Aí você pode pensar: ah, mas isso é muito mais fácil do que passar pelas agruras da maternidade! É, pode ser que sim, mas nós não vivenciamos o outro lado para ter certeza.

Acho que outra dificuldade que o pai enfrenta é lidar com um monstro que surge em sua casa quando o bebê nasce: a mamãe sabe-tudo. De tanto fazer as coisas do seu jeito, você esquece que existe uma outra forma de criar o filhote, que pode ser diferente da sua, mas tão boa quanto. Aliás, pode ser melhor! Porque como qualquer pessoa somos imperfeitas e também erramos com nossos filhos. E quando surge o pai para mostrar outro caminho, primeiro você surta (“como assim, quer dizer que ele acha que conhece o pequeno melhor do que eu?”). Mas se der espaço, vai perceber que duas cabeças pensam melhor do que uma só. E que seu filho pode aprender com as virtudes de cada um.

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Por fim, o pai tem que conquistar seu espaço na vida do bebê. Porque, cá entre nós, o da mãe está garantido! Até mesmo pelo instinto de sobrevivência, o filhote estabelece um laço quase que imediato com ela. Já o pai vai chegando de mansinho. Troca uma fralda aqui, dá um banho ali, coloca para dormir, dá uma papinha… E aos poucos descobre-se necessário, tanto quanto a mãe. Descobre que seu coração está repleto de amor pelo filho, e o mais bonito: descobre o amor do filho por ele.

Feliz Dia dos Pais a todos os pais que nos acompanham! E um especial para o pai da Catarina, meu amor, meu porto-seguro, meu amigo, companheiro de todas as horas, e o melhor pai que nossa filha poderia ter.

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felipe catarina