Ao se tornar mãe, toda mulher deveria receber um “carimbo do céu” que lhe permitisse não ficar mais doente. Sabe aquele resfriado chato, que te derrubava na cama na sua adolescência? Pois é, depois que um filhote nasce, é como se você perdesse o direito de se deixar abater. A rotina da casa e dos filhos continua, e mesmo que você esteja com febre ou com dor, aquele serzinho continua a demandar cuidados e atenção. Claro que nesses momentos você pode contar com a ajuda do marido, ou do resto da família, dependendo da gravidade do seu mal-estar. E o mais bonitinho de se ver é quanto até o filho passa a compreender que você também tem seus momentos de “dodói” (agora minha filha Catarina passou até a fazer um “chá de Cacá”, que se não sara tudo, está bem perto disso!).

Mas a verdade é que por mais ajuda que se tenha, tem coisas que é só com a mãe mesmo! Você pode estar cansada, estressada, gripada, não importa: você se levanta e vai atender o filhote. Agora, chato mesmo, é quando depois disso, seu filho fica doente. Alguma mãe aí consegue ficar longe do filho a ponto de evitar que ele se resfrie também? Então por favor passe sua dica para mim, cara leitora! Acho bem engraçado quando ouço alguém falar em usar máscara para não passar gripe ou resfriado para o filho. Para não dizer que aqui em casa nunca deu certo, posso dizer que só funcionou quando Catarina era bem pequena, um bebezinho de poucos meses que mal se mexia (e que por isso não conseguia arrancar a máscara em menos de 5 segundos, como ocorre hoje em dia). Vai dizer para um criança de dois anos que “tem que ficar longe da mamãe para não pegar o bichinho da garganta”! Não, ela não ficará afastada, muito pelo contrário: tentará abrir sua boca e colocar o dedinho lá dentro, para ver se acha o tal do bicho!

A melhor forma de se evitar que o pequeno pegue seu resfriado é com certeza a amamentação. Pelo leite materno, o bebê recebe os anticorpos formados no corpo da mãe, o que reduz bastante a chance de contágio. Lembro-me bem que Catarina teve seu primeiro nariz escorrendo exatamente no mês que largou o peito. Mas como não dá para amamentar para sempre, nos contentamos em saber que esses resfriadinhos passam logo, e que ajudam a fortalecer o sistema imunológico do pequenino (mas que o coração de mãe fica bem pequenininho quando vê o filhote caidinho, ah, isso fica!).

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Para finalizar, deixo uma dica para as mães de bebezinhos com resfriado: além de irrigar bastante o nariz com soro fisiológico para facilitar a saída da secreção (ou seja, do catarro!) e de dar bastante líquido ao bebê (lembrando que para o bebê em amamentação exclusiva, o leite materno é a melhor hidratação que existe), deixar a cabeça do bebê mais alta do que o resto do corpo dá um alívio muito grande na hora de dormir. Como Catarina não parava quieta no berço (e, portanto, não adiantava levantar a cabeceira), a saída sempre foi colocá-la para dormir no carrinho, levemente reclinado. O resultado era uma noite de sono melhor para ela, para mim, e uma recuperação mais rápida para ambas!