Tenho uma confissão a fazer: minha filha tem um gênio difícil. Muitas pessoas não concordam comigo: dizem que longe da mãe ela é uma santa. Talvez porque na casa dos outros, entretida com coisas diferentes, sentindo como funcionam as regras de outro ambiente, Catarina seja esperta o suficiente para não demonstrar seu temperamento como ele realmente é. Seu filho abre um sorriso de bom dia quando te vê? A minha, dificilmente (finge que ainda está dormindo e vira para o outro lado; não, não é só comigo – ela faz isso com todo mundo!). Seu filho pede desculpas depois de ir para o cantinho do castigo? A minha, só depois de ir para lá cinco vezes consecutivas! Quando ela cisma que é determinada pessoa quem deve fazer algo (geralmente mamãe é a eleita), pode se preparar para um longo choro se contrariar o “general”. Claro que ela é também um docinho de coco quando quer, e sabe fazer um carinho como ninguém. Mas definitivamente ela sabe BEM o que quer. Pode ser que daqui a algum tempo eu descubra uma filha diferente, mas até agora, essa é a impressão que fica.

Hoje me deparei com um texto que achei bastante interessante sobre a criação de crianças de temperamento forte, escrito por uma psicóloga com doutorado pela Universidade de Columbia, e gostaria de compartilhar com vocês. Ele começa afirmando que tais crianças, se bem direcionadas pelos pais, podem ser adolescentes e adultos bem posicionados e “impermeáveis” à pressão do grupo. Isso porque são auto-motivados e apresentam um senso interno de vontade bem delimitado. Mas como reconhecer uma criança com esse perfil? Em geral ela é acelerada, taxada de teimosa e quer desesperadamente estar certa. Por isso dá trabalho redobrado na primeira infância.

Mais inteligente do que bater de frente com essa criança, é evitar as crises com algumas medidas, como estabelecer limites, dar poder de escolha  e demonstrar respeito. Porque no fundo, mais importante do que ter um filho simplesmente obediente (claro que você deseja um filho bem educado, mas isso não basta), é ter um filho que aceita suas ordens porque confia em você. E passar por cima da vontade do seu filho, quebrando esse elo de amizade e respeito, o torna vulnerável para outros, não tão bem intencionados como você. Mas então como incentivar a auto-confiança sem se tornar um pai permissivo? Esse é o grande desafio! Eis algumas sugestões:

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– Estabeleça uma rotina rígida. Como a criança faz determinada coisa todos os dias do mesmo jeito (com pequenas variações, claro), menores as chances de uma crise (“doce só depois do jantar, e você sabe bem disso, filho!”).

– Deixe que ela assuma responsabilidade por coisas de si mesma que já é capaz de fazer. Já sabe se trocar sozinha? Deixe! Quer escolher a roupa? Defina duas ou três possibilidades (condizentes com a ocasião e a temperatura) e deixe que ela decida o que quer vestir.

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– Conforme ele cresce, deixe que tenha opinião e sentimentos próprios em relação a um assunto. Fazer com que ele sempre concorde com você pode minar sua auto-confiança. Lembre-se de que crianças que colocam tanta energia em sua vontade podem ser os líderes de amanhã.

– Ouça-a. Se ela não quer tomar banho, pergunte o porquê. Talvez ela diga que está com medo de escorrer pelo ralo (pode parecer ridículo para você, mas não é para uma criança). Pratique o hábito de escutar sem colocar travas de pré- julgamento.

– Mostre o seu lado. Explique, explique, explique. Claro, que de acordo com o entendimento de cada fase da criança. Com os menores, seja direta, ou eles se perdem.

– Ofereça respeito e empatia. No meio da crise, a criança não aprende nada. E muitas vezes, a crise se inicia justamente como um pedido por respeito. Ela de fato não pode ter o que quer? Diga que entende o que ela está sentindo, que é frustrante, mas que há uma razão para papai ou mamãe discordar. Abrace, beije… Fica mais fácil escutar um não quando se é acolhido.

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